quarta-feira, 23 de junho de 2010

O que significa o termo macumbeiro?



É comum ainda nos dias de hoje mediante os avanços da informática e a gama de informação que esta aberta a todos que "desejem aprender" que ainda os praticantes dos cultos afros, aqui em especial nos referindo a Umbanda sejam taxados por algumas vertentes religiosas de "MACUMBEIROS" o incrível é que até dentro mesmo de certos terreiros este termo é utilizado, mas, você sabe realmente oque é ser um macumbeiro?


Infelizmente dentro da Umbanda, temos o infeliz hábito de cultivar "maus hábitos" um deles é de seguir um conceito sem ao menos questiona-lo e acima de tudo passar pela peneira do bom senso.

A origem da palavra macumba é: Macumba no dicionário é de: antigo instrumento musical de percussão, espécie de reco-reco, de origem africana, que dá um som de rapa (rascante); e Macumbeiro é o tocador desse instrumento.

Macumba é um nome africano que se dá a uma madeira extraída de uma árvore que leva o nome de MACUMBEIRA ou ainda MACUMBE que da origem ao famoso ATABAQUE ( que significa tambor em Yoruba) que é utilizado como instrumento de percussão e adotado dentro dos cultos afros como um dos componentes para se cantarolar os pontos dos SAGRADOS ORIXAS.

Entende-se então por MACUMBEIRO todo aquele não só que faz, mas que também toca este instrumento na Africa.

Como todos podem verificar MACUMBEIRO não tem nenhuma lógica ligada a pessoas que praticam o mal ao seu próximo, como infelizmente nós ficamos conhecidos partindo esta informação de pessoas mal informadas e acima de tudo que praticam um "dogma" absurdo e sem fundamentos.

Vale lembrar ainda meus irmãos e irmãs que para se praticar o mal não precisamos ter uma vertente religiosa, basta deseja-lo e no meio Umbandista sabemos que a maior demanda é aquela que vem da mente.

Precisamos estudar as raízes e fundamentos da Umbanda para alcançarmos o respeito que tanto desejamos, tirando o que é excesso e dentro do bom senso deixando o que é litúrgico.


Fonte: Jornal eletrônico semanal do CENTRO ESPIRITUALISTA DE UMBANDA ESPERANÇA.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Minha Mãe Yemanjá


Mar imenso. Mar do Mundo. Mar cuja dona e
Rainha é Yemanjá!

Àgo Ìyá Ori! Odò-Ìyá Yemojá! Asé.
Licença mãe da cabeça! Odoyá Yemanjá! Axé!

Àgo Minha Mãe Yemanjá. Sua benção minha Mãe
amada! Sua benção minha Mãe Yemanjá!
A ti todo meu Amor, respeito e gratidão.
Tu minha Mãe Rainha do Mar, alicerce da minha
obra. Ar que eu respiro e porto sempre seguro.
Que suas águas e seu reino sempre purifiquem
meus pensamentos e minhas falhas. Que eu
sempre conte com teu Asé e com seu colo materno.
Tu que é a Senhora de todas as Cabeças.
Mãe do Mundo. Agradeço seu amor e sua força
que sempre me deste. E que eu sempre conte com
ela.

Odò-Ìyá! Ìyá mi Yemojá! Asé!
Odoyá minha Mãe Yemanjá! Axé!

Força que cura a alma. Força que cura a mente.
Força da geração. Água pura e poderosa.
Água que cura. Água!
Mãe dos Filhos Peixes. Odò-Ìyá!
Princesa de Aiuká! Odò-Ìyá!
Canto que enfeitiça.
Morada nos mistérios do teu Mar.
Sereia dos Pescadores.
Sereia dos Amantes.
Peixe que domina a Vida.
Mulher de beleza e encantos.
Mulher elegante com seus colares de Pérolas.
Cabelos negros cumpridos.
Que seu Asé nunca nos deixe!
Sua benção a todos nós Mãe Yemanjá!
Odò-Ìyá Yemojá! Asé!
Àgo! Mo júbà Yèyé Omo ejá!
Licença! Saúdo a mãe dos filhos peixes.

Èérú-Ìyá Asé!
Axé a espuma resultante do encontro do Rio com o Mar!
Odoyá Minha Mãe Yemanjá!
Axé!

domingo, 12 de julho de 2009

A Arte da Capoeira


A capoeira é uma expressão cultural Afro-brasileira que mistura luta, dança, cultura popular, música. Desenvolvida no Brasil por escravos africanos e seus descendentes, é caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando os pés, as mãos, a cabeça, os joelhos, cotovelos, elementos ginástico-acrobáticos, e golpes desferidos com bastões e facões, estes últimos provenientes do Maculelê. Uma característica que a distingue da maioria das outras artes marciais é o fato de ser acompanhada por música.

A palavra capoeira tem alguns significados, um dos quais refere-se às áreas de mata rasteira do interior do Brasil. Foi sugerido que a capoeira obtivesse o nome a partir dos locais que cercavam as grandes propriedades rurais de base escravocrata.

Música

A música é um componente fundamental da capoeira. Foi introduzida como forma de ludibriar os escravizadores, fazendo-os acreditar que os escravos estavam dançando e cantando, quando na verdade também estavam treinando golpes para se defenderem. Ela determina o ritmo e o estilo do jogo que é jogado durante a roda de capoeira.

A música é composta de instrumentos e de canções, podendo o ritmo variar de acordo com o Toque de Capoeira de bem lento (Angola) a bastante acelerado (São Bento Grande). Muitas canções são na forma de pequenas estrofes intercaladas por um refrão, enquanto outras vêm na forma de longas narrativas (ladainhas). As canções de capoeira têm assuntos dos mais variados.

Algumas canções são sobre histórias de capoeiristas famosos, outras podem falar do cotidiano de uma lavadeira. Algumas canções são sobre o que está acontecendo na roda de capoeira, outras sobre a vida ou um amor perdido, e outras ainda são alegres e falam de coisas tolas, cantadas apenas para se divertir. Os capoeiristas mudam o estilo das canções frequentemente de acordo com o ritmo do berimbau. Desta maneira, é na verdade a música que comanda a capoeira, e não só no ritmo mas também no conteúdo.

O toque Cavalaria era usado para avisar os integrantes da roda que a polícia estava chegando; por sua vez, a letra é constantemente usada para passar mensagens para um dos capoeiristas, na maioria das vezes de maneira velada e sutil.

Os instrumentos são tocados numa linha chamada bateria. O principal instrumento é o berimbau, que é feito de um bastão de madeira envergado por um cabo de aço em forma de arco e uma cabaça usada como caixa de reverberação. O berimbau varia de afinação, podendo ser o Berimbau Gunga (mais grave), Médio (médio) e viola (mais agudo). Os outros instrumentos são: pandeiro, atabaque, caxixi e com menos freqüência o ganzá e o agogô.

Toques de capoeira


Os diferentes ritmos utilizados na capoeira, como tocados no berimbau, são conhecidos como toques; estes são alguns dos toques mais comumente utilizados:

Angola
São Bento Grande de Bimba
São Bento Grande de Angola
São Bento Pequeno
Iúna
Cavalaria
Samango
Santa Maria
Benguela
Amazonas
Idalina
Regional de Bimba

A dança na capoeira

O batuque, maculelê, puxada de rede e samba de roda são danças (manifestações culturais) fortemente ligadas à capoeira.

Roda de capoeira regional
A roda de capoeira é um círculo de pessoas em que é jogada a capoeira.
Os capoeiristas se perfilam na roda de capoeira batendo palma no ritmo do berimbau e cantando a música enquanto dois capoeiristas jogam capoeira. O jogo entre dois capoeiristas pode terminar ao comando do capoeirista no berimbau ou quando algum capoeirista da roda entra entre os dois e inicia um novo jogo com um deles.

Em geral a capoeira não busca destruir o oponente, porém contusões devido a combates mais agressivos não são raras. Entretanto, de maneira geral o capoeirista prefere mostrar sua superioridade "marcando" o golpe no oponente sem no entanto completá-lo. Se o seu oponente não pode evitar um ataque lento, não existe razão para utilizar um golpe mais rápido.

A ginga é o movimento básico da capoeira, é um movimento de pernas no ritmo do toque que lembra uma dança, porém capoeiristas experientes raramente ficam gingando pois estão constantemente atacando, defendendo, e "floreando" (movimentos acrobáticos). Além da ginga são muito comuns os chutes em rotação, rasteiras, golpes com as mãos, cabeçadas, esquivas, saltos, mortais, giros apoiados nas mãos e na cabeça, movimentos acrobáticos e de grande elasticidade e movimentos próximos ao solo.

Estilos de capoeira

Angola

A Angola é o estilo mais próximo de como os negros escravos jogavam a Capoeira. Caracterizada por ser mais lenta, porém rápida, movimentos furtivos executados perto do solo, como em cima, ela enfatiza as tradições da Capoeira, que em sua raiz está ligada aos rituais afro-brasileiros, caracterizado pelo Candomblé, sua música é cadenciada, orgânica e ritualizada, e o correto é estar sempre acompanhada por uma bateria completa de 08 instrumentos.

A designação "Angola" aparece com os negros que vinham para o Brasil oriundos da África, embarcados no Porto de Luanda que, independente de sua origem, eram designados na chegada ao Brasil de "Negros de Angola", vide ABC da Capoeira Angola escrito pelo Mestre Noronha quando ele cita o Centro de Capoeira Angola Conceição da Praia, criado pela nata da capoeiragem baiana no início dos anos 1920. Mestre Pastinha (Vicente Ferrera Pastinha) foi o grande ícone do estilo. Grande defensor da preservação da Capoeira Angola, inaugurou em 23 de fevereiro de 1941 o Centro Esportivo de Capoeira Angola (CECA). Dos ensinamentos do Mestre Pastinha foram formados grandes mestres da capoeiragem Angola, a exemplo dos Mestres: João Pequeno, João Grande, Valdomiro Malvadeza, Albertino da Hora, Raimundo Natividade, Gaguinho Moreno, 45, Pessoa Bá-Bá-Bá, Trovoada, Bola Sete, dentre outros que continuam transmitindo seus conhecimentos para os novos angoleiros, como Mestre Morais.

É comum a primeira vista ver o jogo de Angola como não perigoso ou não elaborado, contudo o jogo Angola se assemelha ao xadrez pela complexidade dos elementos envolvidos. Por ter uma sistemática estruturada em rituais de aprendizado completamente diferentes da Regional, seu domínio é muito mais complicado, envolvendo não só a parte mecânica do jogo mas também características como sutileza, o subterfúgio, a dissimulação, a teatralização, a mandinga e/ou mesmo a brincadeira para superar o oponente. Um jogo de Angola pode ser tão ou mais perigoso do que um jogo de Regional.

Regional

A capoeira regional foi criada por Mestre Bimba (em Manuel dos Reis Machado, (1900-1974)

Bimba criou sequências de ensino e metodizou o ensino de capoeira. Inicialmente, Bimba chamou sua capoeira de "Luta regional baiana", de onde surgiu o nome regional.

Manoel dos Reis Machado, conhecido por ser um habilidoso lutador nos ringues, e inclusive, ser um exímio praticante da capoeira Angola, procurou fazer com que a capoeira tivesse uma maior força como luta e fez isto incorporando a ela novos golpes. Um fato que é conhecido, é de que Bimba teria incorporado golpes do batuque, uma luta já extinta, que era rica em golpes traumáticos e desequilibrantes. Inclusive, sabe-se que o pai de Mestre Bimba era praticante desta luta.

Há muita discussão também sobre se Bimba teria ou não absorvido golpes de outras lutas, como judô, o jiu-jitsu, a luta livre e o savate, luta de origem francesa, para compor sua capoeira Regional. Entre os velhos mestres, essa é a opinião vigente, mas, apesar disso, eles não acham que este fato seja negativo ou descaracterizador.

A Regional surgiu por volta de 1930. Mas Mestre Bimba se preocupou não só em fazer com que a capoeira fosse reconhecida como luta, ele também criou o primeiro método de ensino da capoeira, as "sequências de ensino" que auxiliavam o aluno a desenvolver os movimentos fundamentais da capoeira.

Em 1932, foi fundada por Mestre Bimba a primeira academia de capoeira registrada oficialmente, em Salvador, com o nome de "Centro de Cultura Física e Capoeira Regional da Bahia".

Das muitas apresentações que Mestre Bimba fez, talvez a mais conhecida tenha sido a ocorrida em 1953, para o então presidente Getúlio Vargas, ocasião em que teria ouvido do presidente: "A capoeira é o único esporte verdadeiramente nacional."

Na academia de Mestre Bimba, a rigorosa disciplina que vigorava determinava três níveis hierárquicos: "calouro", "formado" e "formado especializado". Uma das maiores honras para um discípulo era poder jogar Iúna, isto é, jogar na roda de capoeira ao som do toque denominado Iúna, executado pelo berimbau. O jogo de Iúna tinha a função simbólica de promover a demarcação do grupo dos formados para o grupo dos calouros. A única peculiaridade técnica do jogo de Iúna em relação aos jogos realizados em outros momentos no ritual da roda de capoeira era a obrigatoriedade da aplicação de um golpe ligado no desenrolar do jogo, além do fato de destacar-se pela maior habilidade dos capoeiristas que o executavam. O jogo de Iúna era praticado apenas ao som do berimbau, sem palmas ou outros instrumentos o que reforçava seu caráter solene. Ao final de cada jogo, todos os participantes aplaudiam os capoeiristas que saíam da roda.

A Regional é mais recente, com elementos fortes de artes-marciais em seu jogo. A Regional (Luta Regional Baiana) tornou-se rapidamente popular, levando a Capoeira ao grande público e mudando a imagem do capoeirista tido no Brasil até então como um marginal. Seu jogo é mais rápido, mas também existem jogos mais lentos e compassados. Apesar do que muitos pensam, na capoeira regional não são utilizados saltos mortais, pois um dos fundamentos da capoeira regional, segundo Mestre Bimba é manter no mínimo uma base ao solo (um dos pés ou uma das mãos). O forte da capoeira regional são as quedas, rasteiras, cabeçadas.

Em toques rápidos como São Bento Grande de Bimba se faz um jogo mais rápido, porém sempre com manobras de ataque e defesa (importante ressaltar que todos os golpes devem ter objetivo), mas sempre respeitando o camarada vencido (parar o golpe se perceber que ele machucará o parceiro, mostrando assim sua superioridade e humildade diante do camarada). Ambos os estilos são marcados pelo uso de dissimulação e subterfúgio - a famosa mandinga - e são bastante ativos no chão, sendo frequentes as rasteiras, pontapés, chapas e cabeçadas.

Capoeira Contemporânea

Foi criada na década de 70 por rapazes do Rio de Janeiro que certa vez viram um capoeirista brigando numa festa e ficaram fascinado, tentaram aprender a arte na periferia carioca, único lugar onde poderiam encontrar capoeiristas, porém não forma aceitos por serem de classe média. Decidiram, então uma vez por ano, viajar para a Bahia e cada um começou a treinar com um mestre diferente, na volta passavam os conhecimentos adquiridos uns para os outros e criaram um novo estilo conhecido como contemporâneo. Os rapazes montaram um grupo com nome de Senzala e participaram de um campeonato com vários capoeiristas e venceram.

Repressão

Decretado por marechal Deodoro da Fonseca o Decreto Lei 487 dizia que: A partir de 11 de Outubro de 1890 todo capoeira pego em flagrante seria desterrado para a Ilha de Fernando de Noronha por um período de dois a seis meses de prisão. Parágrafo único: É considerada circunstância agravante pertencer o capoeira, a alguma banda ou malta, aos chefes impor-se-á a pena em dobro.

Os capoeiristas costumavam usar calças boca de sino e no período em que a capoeira ficou proibida por lei (1890-1937) a polícia, para detectar os capoeiristas, colocava um limão dentro das calças do indivíduo. Se o limão saísse pela boca das calças, a pessoa era considerada capoeirista.

Em 1824, os escravos que fossem pegos praticando capoeira recebiam trezentas chibatadas e eram enviados para a Ilha das Cobras para realizar trabalhos forçados durante três meses.

3 de agosto - Dia do capoeirista
Uma lei estadual de São Paulo de 1985 instituiu o Dia do Capoeirista

Curiosidades

As primeiras Mestras de Capoeira Angola surgem somente no início do século XXI, sendo representadas pelas Mestras Janja e Paulinha, discípulas de Mestre Morais, Cobra Mansa e João Grande e atualmente líderes (junto ao Mestre Poloca) do Grupo Nzinga de Capoeira Angola
Mestre Pastinha começou a treinar capoeira por intermédio de um africano que o viu apanhar de um rival em sua infância.
Mesmo depois de perder a visão mestre pastinha era temido por quem estava jogando com ele.

Foi mestre Pastinha que falou a famosa frase "A capoeira é Mandinga, é manha, é malícia, é tudo o que a boca come"
Dos 50 golpes bem aplicados da capoeira que Mestre Bimba ensinou, 22 eram mortais.
Em 1930, o famoso caratê não era conhecido na Bahia.
Mestre Bimba foi o Capitão da Navegação Baiana.
Mestre Bimba teve sua primeira escola de capoeira Angola, em 1918 com apenas 18 anos, obtendo apenas em 1937 o alvará da Academia de Capoeira Regional.
Segundo Mestre Noronha, o berimbau em seu tempo, era uma arma maligna e mortal. A verga (o pau do berimbau), era usado como cassetete e a varinha servia para furar os olhos do adversário que tivesse má conduta. Na época em que a capoeira era proibida.
Segundo Luis Edmundo, nos fins do século XVIII, no Rio de Janeiro, as aventuras dos capoeiras eram de tal jeito que o governo, através da portaria de 31 de outubro de 1821, estabeleceu castigos corporais e outras medidas de repressão à pratica de capoeira.

Na Bahia, de acordo com Manuel Querino, os capoeiristas se distinguiam dos demais negros porque usavam uma argolinha de ouro na orelha, como insígnia de força e valentia, e o nunca esquecido chapéu à banda.
Os capoeiristas eram contratados pelos políticos para bagunçar no dia das eleições. Enquanto as pessoas desviavam a atenção para a confusão dos capoeiras um indivíduo colocava um maço de chapas na urna ou na linguagem da época "emprenhava a urna".

Vencia as eleições o candidato que dispunha de maior n.º de capoeiras.
Milhares de capoeiristas foram para a Guerra do Paraguai, pois havia sido prometida a liberdade no final do conflito àqueles que participassem da batalha.
Mestre Bimba é o mestre da capoeira regional.
Antes do arame, o "fio" do berimbau era feito de tripas de animais.

Moleque Saci Perêrê


A figura do Saci surge ora como um ser maléfico, ora como somente brincalhão ou gracioso, conforme as versões comuns ao sul do Brasil.

Na Região Norte do Brasil, a mitologia africana o transformou em um negrinho que perdeu uma perna lutando capoeira, imagem que prevalece nos dias de hoje. Herdou também a cultura africana do pito, uma espécie de cachimbo, e da mitologia européia, herdou o píleo, um gorrinho vermelho.

A Lenda do Saci data do fim do século XVIII. Durante a escravidão, as amas-secas e os caboclos-velhos assustavam as crianças com os relatos das travessuras dele. Seu nome no Brasil é de origem Tupi Guarani. Em muitas regiões do Brasil, o Saci é considerado um ser brincalhão enquanto que em outros lugares ele é visto como um ser maligno.

Ele adora fazer pequenas travessuras, como esconder brinquedos, soltar animais dos currais, derramar sal nas cozinhas, fazer tranças nas crinas dos cavalos, etc. Diz a crença popular que dentro de todo redemoinho de vento existe um Saci. Dizem que Ele não atravessa córregos nem riachos. Diz a lenda que, se alguém jogar dentro do redemoinho um rosário de mato bento ou uma peneira, pode capturá-lo, e caso consiga pegar sua carapuça, pode realizar um desejo.

Alguém perseguido por ele, deve jogar em seu caminho cordas ou barbantes com nós. Ele então irá parar para desatá-los, e só depois continua a perseguição, o que dá tempo para que a pessoa fuja. Aqui, percebe-se a influência da lenda da Bruxa Européia, que é obrigada a contar os fios de um feixe de fibras, antes de entrar nas casas.

Do Amazonas ao Rio Grande do sul, o mito sofre variações. No Rio Grande ele é um menino de uma perna só, que adora atormentar os viajantes noturnos, fazendo-os perder o caminho. Em São Paulo é um negrinho que usa um boné vermelho e freqüenta os brejos, assustando os cavaleiros. Se o reconhece o chama pelo nome, e então foge dando uma espetacular gargalhada.

A função desta "divindade" era o controle, sabedoria, e manuseios de tudo que estava relacionado às plantas medicinais, como guardião das sabedorias e técnicas de preparo e uso de chá, mezinhas, beberagens e outros medicamentos feitos a partir de plantas.

Como suas qualidades eram as da farmacopéia, também era atribuído a ele o domínio das matas onde guardava estas ervas sagradas, e costumava confundir as pessoas que não pediam a ele a autorização para a coleta destas ervas.

Segundo a lenda, o Saci está nos redemoinhos de vento e pode ser capturado jogando uma peneira sobre os redemoinhos. Após a captura, deve-se retirar o capuz da criatura para garantir sua obediência e prendê-lo em uma garrafa.

Diz também a lenda, que os Sacis nascem em brotos de bambus, nestes eles vivem sete anos e após esse tempo, vivem mais setenta e sete para atentar a vida dos humanos e animais, depois morrem e viram um cogumelo venenoso ou uma orelha de pau.

Em 2005 foi instituído o Dia do Saci no Brasil, comemorado no dia 31 de outubro, a fim de restaurar as figuras do folclore brasileiro, em contraposição ao Halloween.

terça-feira, 2 de junho de 2009

A Evolução da liberdade religiosa como direito humano universal

Nos anos após a Segunda Guerra Mundial, especificamente, a idéia de liberdade religiosa evoluiu até um direito humano internacional, que todas as nações do mundo são obrigadas a proteger. No artigo a seguir, Derek Davis, diretor de Estudos entre Igreja e Estado da Universidade de Baylor, no Texas e especialista em religião, enquanto liberdade fundamental, discute os quatro pilares da liberdade religiosa internacional e como as obrigações dos tratados internacionais poderão ser mais plenamente implementadas.

O século XX presenciou progressos, sem precedentes, rumo à internacionalização dos direitos humanos religiosos. Realizou-se o Parlamento Mundial das Religiões em Chicago, em 1893, como parte da Exposição de Colúmbia, evento esquecido há muito tempo, mas importante na história religiosa do mundo. Um princípio fundador da reunião foi que nenhum grupo religioso deverá ser pressionado até sacrificar suas reivindicações de verdade. Em 1944, o Conselho Federal de Igrejas dos Estados Unidos criou a Comissão de Estudo das Bases de uma Paz Justa e Duradoura. A Comissão desenvolveu os "Seis Pilares da Paz", que mesclaram medidas táticas, tais como a "reforma dos tratados globais" e o "controle de estabelecimentos militares", com princípios tais como a "autonomia para crentes" e o "direito dos indivíduos de todas as partes à liberdade religiosa e intelectual". Outro grupo, a Comissão Norte-Americana das Igrejas sobre Questões Internacionais (CCIA), ajudou a promover a inclusão da liberdade religiosa na Declaração Universal de Direitos Humanos, adotada pelas Nações Unidas em 1948.

Além da Declaração Universal, três outros documentos internacionais significativos foram desenvolvidos no século XX, com o propósito de promover princípios de liberdade religiosa: a Convenção Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (1966); a Declaração das Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as Formas de Intolerância e Discriminação com base na Religião ou Crença (1981); e o Documento Final de Viena (1989). Cada um desses documentos promove a liberdade religiosa ao expor os direitos de tal significado que deverão ser universais. Cada um desses documentos é descrito abaixo.

Os Quatro Pilares da Liberdade Religiosa Internacional

Dos quatro principais documentos internacionais que universalizaram o princípio da liberdade religiosa no século XX, o mais importante é, de longe, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pelas Nações Unidas em 1948. Esse documento histórico reconhece diversos direitos religiosos importantes. O Artigo 18 é o texto principal:

Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos.

A Declaração determina, vigorosamente, que as diferenças religiosas individuais devem ser respeitadas. Ela abraça o princípio político de que um papel fundamental do governo é o de proteger a escolha religiosa e não ditar a conformidade religiosa. Levou séculos, até milênios, de guerras e perseguição, religiosas, para que a maior parte das nações-Estados modernas chegasse a essa posição, mas o princípio é agora amplamente aceito, especialmente no Ocidente. O princípio moderno de liberdade religiosa, através do qual os governos declaram sua neutralidade, sobre questões religiosas, permitindo a cada cidadão individual, com base na sua própria dignidade humana, adotar suas crenças religiosas, sem medo de represália, é conseqüência natural do esclarecimento. Ele recebeu reconhecimento universal na Declaração de 1948, sem dúvida o maior marco da evolução da liberdade religiosa internacional.

A Declaração refere-se a um "padrão comum de realização para todos os povos e nações". Escrita logo após os horrores indescritíveis da Segunda Guerra Mundial, ela fornece um padrão através do qual os povos do mundo podem aprender a viver em paz e cooperação. Caso o mundo goze de maior paz no atual milênio que nos anteriores, é possível que os historiadores do futuro olhem para 1948 como o início da nova era de paz, da mesma forma que olhamos agora, por exemplo, para o Edital de Milão de 313 como o início da união constantiniana entre Igreja e Estado, ou 1517 (apresentação das 95 Teses de Martinho Lutero) como o início da Reforma Protestante. Simplesmente não há forma de exagerar o significado da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Embora a Declaração tenha imposto obrigações morais a todas as nações signatárias, documentos posteriores a ampliaram ao criarem obrigações legais de cumprimento dos seus princípios amplos. A Convenção Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (1966), ratificada até o momento por 144 nações, proíbe a discriminação religiosa, conforme determinado no Artigo 2(1), "sem distinção de nenhum tipo, tal como raça, cor, sexo, idioma, política ou de opinião diferente, origem nacional ou social, propriedade, nascimento ou outra situação". O Artigo 18 garante os mesmos direitos relacionados no Artigo 18 da Declaração Universal e agrega mais, incluindo o direito dos pais dirigirem a educação religiosa dos seus filhos. O Artigo 20 proíbe o estímulo do ódio contra os demais devido à sua religião e o Artigo 27 protege os membros de minorias étnicas, religiosas ou lingüísticas para que não lhes seja proibido usufruir da sua própria cultura. Além disso, a Convenção de 1966 fornece definição ampla de religião que engloba religiões teístas e não teístas, bem como "credos raros e virtualmente desconhecidos".

A Declaração das Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as Formas de Intolerância e de Discriminação com base na Religião ou Crença, adotada em 1981, é outro documento fundamental que protege os direitos religiosos. Os Artigos 1 a 6 proporcionam relação abrangente de direitos relativos à liberdade de pensamento, consciência e religião. Estes incluem o direito de (1) culto ou reunião relativa a uma religião ou crença e estabelecimento e manutenção de lugares com esses propósitos; (2) estabelecer e manter instituições humanitárias ou beneficentes apropriadas; (3) fazer, adquirir e utilizar até um ponto adequado os artigos e materiais necessários e relativos aos rituais ou costumes de uma religião ou crença; (4) escrever, publicar e disseminar publicações relevantes nessas áreas; (5) ensinar religião ou crença em locais apropriados para esses fins; (6) solicitar e receber contribuições financeiras voluntárias e outras de indivíduos e instituições; (7) observar dias de repouso e celebrar dias sagrados e cerimônias de acordo com os preceitos de uma religião ou crença; e (8) estabelecer e manter comunicações com indivíduos e comunidades em questões de religião e crença em nível nacional e internacional.

Por fim, o Documento Final de Viena de 1989 contém disposições similares aos documentos de 1948, 1966 e 1981, exigindo respeito pelas diferenças religiosas, especialmente entre diversas comunidades de fé. As nações participantes concordam especificamente em assegurar "a implementação total e efetiva de pensamento, consciência, religião ou crença".
Esses documentos internacionais estão, na verdade, comprometendo apenas as nações que tomem medidas para dar-lhes situação legal. Em outras palavras, elas não são auto-executáveis. Embora as proteções à liberdade religiosa contidas nos documentos internacionais não possuam efeito de lei, elas já estão moldando a legislação de direitos humanos nas nações participantes e são característica fundamental de uma ordem mundial em desenvolvimento e, esperamos, mais pacífica. Entretanto, no mundo de hoje, a religião ainda é fonte de grande conflito e princípios fundamentais de liberdade religiosa são muitas vezes mais insultados que respeitados. Pode-se fazer mais para aumentar a liberdade religiosa?

Transformação das Obrigações Internacionais em Realidade

A perseguição religiosa continua a ser um problema sério, apesar das medidas significativas tomadas pela comunidade mundial para combatê-la, particularmente desde a Segunda Guerra Mundial, sinal moderado de que as declarações, convenções e outros documentos não se traduzem facilmente em realidade. Acadêmicos destacaram pelo menos quatro áreas nas quais as abordagens institucionais podem ser eficazes no auxílio para tornar a liberdade religiosa não apenas um ideal mundial, mas também uma realidade mundial.

Implementação de tratados

As nações devem levar a sério as disposições de tratados de direitos humanos internacionais, integrando-os em seus próprios sistemas legais. É talvez repetitivo afirmar que a liberdade religiosa no mundo seria uma dádiva se todos os países do mundo cumprissem com as diversas Convenções e outros documentos que vêm sendo adotados desde a Segunda Guerra Mundial. Isso não reflete o fato de que muitos governos se dão ao luxo de dormir sobre os louros dos ideais que assinaram, enquanto deixam de adotar as ações legais e outras necessárias para torná-las realidade.

Legislação

Os governos em todo o mundo deverão promulgar legislação significativa projetada para conter a perseguição religiosa. Em 1998, o Congresso norte-americano aprovou a Lei da Liberdade Religiosa Internacional. Essa Lei exige um relatório anual preparado pelo Departamento de Estado que determina e descreve as violações de liberdade religiosa em cada país. O Departamento também considera as sugestões de uma Comissão Norte-Americana sobre Liberdade Religiosa Internacional, de nove membros. Com base no relatório anual, o presidente dos Estados Unidos pode impor uma série de penalidades e sanções a países considerados violadores. A legislação é controversa internacionalmente, mas a medida até agora ajudou a causa da liberdade religiosa internacional. A lei não tenta impor o "modo norte-americano" a outras nações. Ao contrário, ela conta com a crença aceita universalmente na dignidade inviolável de todos os seres humanos e nos direitos universais que surgem dessa crença. Educação. Mais necessita ser feito para conscientizar os povos do mundo sobre o nível impressionante de perseguição religiosa que ainda prevalece em muitas partes do mundo. Mais conferências e simpósios poderão destacar este tema e mais apoio (verbal e monetário) poderá ser fornecido a organizações não-governamentais de direitos humanos, tais como a Human Rights Watch e a Associação para a Liberdade Religiosa Internacional, que acompanham abusos de direitos humanos em todo o mundo e os relata a governos e outros grupos interessados.

Separação entre Igreja e Estado

Deve haver esforços renovados para aumentar o respeito por todas as instituições políticas, religiosas e sociais para a visão moderna de que os principais interesses da sociedade política estão no incentivo à paz, justiça, igualdade e liberdade, não em fazer avançar a religião. Este é o significado básico da separação entre Igreja e Estado. A tensão óbvia aqui é que, historicamente, a religião vem sendo a base de todas as dimensões da vida, incluindo as políticas. Como observou o eminente quacre William Penn em 1692, "o governo parece ser uma parte da própria religião, algo de sagrado na sua instituição e propósito". Naturalmente, Penn era um notável separacionista entre Igreja e Estado e moveu-se cada vez mais para a visão de que a religião é fundamentalmente uma preocupação pessoal e individual, e que o papel do governo deverá ser a proteção de todas as visões religiosas em vez da defesa de uma. Desde os dias de Penn, os Estados-nações vêm adotando cada vez mais essa perspectiva e os documentos de direitos humanos do século XX fizeram o mesmo. Conforme já sugerido, essa perspectiva necessita ser ensinada por instituições educacionais, através de uma série de currículos que confrontem a interação entre religião e governo no mundo moderno. Na análise final, nós, como membros da comunidade mundial, devemos a nós e aos nossos descendentes tornar a liberdade religiosa uma liberdade para todos. Não há tarefa mais importante neste início do século XXI.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Pontos Cantados da Umbanda


Hino da Umbanda

Refletiu a luz divina com todo seu esplendor é do reino de Oxalá Onde há paz e amor Luz que refletiu na terra Luz que refletiu no mar Luz que veio, de Aruanda Para todos iluminar A Umbanda é paz e amor É um mundo cheio de luz É a força que nos dá vida e a grandeza nos conduz. Avante filhos de fé, Como a nossa lei não há, Levando ao mundo inteiro A Bandeira de Oxalá ! Levando ao mundo inteiro A Bandeira de Oxalá !

Pontos de Abertura e Fechamento das Giras

Vou abrir minha Jurema Vou abrir meu Juremá Vou abrir minha Jurema Vou abrir meu Juremá Com licença de mamãe Iansã E de Nosso Pai Oxalá Com licença de mamãe Iansã E de Nosso Pai Oxalá Já abri minha Jurema Já abri meu Juremá Já abri minha Jurema Já abri meu Juremá Com licença de mamãe Iansã E de Nosso Pai Oxalá Com licença de mamãe Iansã E de Nosso Pai Oxalá
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Eu abro a nossa gira Com Deus e Nossa Senhora Eu abro a nossa gira Sambolê pemba de angola Eu abro a nossa gira Com Deus e Nossa Senhora Eu abro a nossa gira Sambolê pemba de angola Abriu, abriu, abriu Abriu deixa abrir Com as forças da Jurema Jurema Juremá
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Vamos abrir a nossa gira Com licença de Oxalá Vamos abrir a nossa gira Com licença de Oxalá Salve Xangô Salve Iemanjá Mamãe Oxum, Nanã Buroquê Salve Cosme e Damião Oxóssi, Ogum Oxumaré Salve Cosme e Damião Oxóssi, Ogum Oxumaré
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Eu fecho a nossa gira Com Deus e Nossa Senhora Eu fecho a nossa gira Sambolê pemba de angola Eu fecho a nossa gira Com Deus e Nossa Senhora Eu fecho a nossa gira Sambolê pemba de angola Fechou, fechou, fechou Fechou deixa fechar Com as forças da Jurema Jurema Juremá
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Vamos fechar a nossa gira Com licença de Oxalá Vamos fechar a nossa gira Com licença de Oxalá Salve Xangô Salve Iemanjá Mamãe Oxum, Nanã Buroquê Salve Cosme e Damião Oxóssi, Ogum Oxumaré Salve Cosme e Damião Oxóssi, Ogum Oxumaré
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Ponto de Saudação a Oxalá

Meu Pai Oxalá É o Rei, venha me valer Meu Pai Oxalá É o Rei, venha me valer O velho Omulu Atotô Baluaê Atotô Baluaê Atotô Baluaê Atotô Baba Atotô Baluaê Atotô é orixá
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Oxalá meu pai Tem pena de nós, tem dó Se as voltas no mundo é grande Seus poderes são maior Oxalá meu pai Tem pena de nós, tem dó Se as voltas no mundo é grande Seus poderes são maior O malei malei O malei malá O malei malei Salve as forças de Oxalá !

Pontos de Iansã

Minha Santa Bárbara Virgem da coroa Pelo amor de Deus Santa Bárbara Não me deixe a toa Minha Santa Bárbara Virgem da coroa A Coroa é dela Xangô É da pedra de ouro.
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Iansã tem um leque de penas Pra abanar em dia de calor Iansã tem um leque de penas Pra abanar em dia de calor Iansã mora nas pedreiras Eu quero ver meu pai Xangô Iansã mora nas pedreiras Eu quero ver meu pai Xangô

Pontos De Iemanjá

Eram duas ventarolas Duas ventarolas que sopravam sobre o mar Eram duas ventarolas Duas ventarolas que sopravam sobre o mar Uma era Iansã, Ieparrê A outra era Iemanjá, adoceáh Uma era Iansã, Ieparrê A outra era Iemanjá, adoceáh

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Eu vou jogar Vou jogar flores no mar Eu vou jogar ! Uma promessa eu fiz Para Deusa do mar O meu pedido atendeu Eu prometi vou pagar Eu vou jogar Vou jogar flores no mar Eu vou jogar !

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ê Iemanjá ê Iemanjá Rainha das ondas, sereias do mar Rainha das ondas, sereias do mar Como é lindo o canto de Iemanjá Faz até o pescador chorar Quem ouvir a mãe d'água cantar Vai com ela pro fundo do mar Iemanjá ! Iemanjá é Rainha das ondas, sereias do mar Rainha das ondas, sereias do mar
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O Janaina Princesa d'água Solte os cabelos Janaina E caia n'água
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Janaina eehh Janaina eaahh Que vive na terra Que vive na lua Que vive na água Que vive no mar Me livre dos inimigos Me livre das aflições Me livre dos perigos Me livre das tentações Janaina eeh Janaina eah ========================
O sereia o sereia vosso filho tá chamando sereia você tem que ajudar sereia

Pontos de Oxum

O viva Oxum Iansã e Nanã Mamãe Sereia Viemos saudar Oi me leva Pras ondas grandes Eu quero ver as sereias cantar Eu quero ver os caboclinhos na areia Oi como brincam com Iemanjá Aruê, ê, ê, êeee Aruê Mamãe é dona do mar Aruê, ê, ê, êeee Aruê Mamãe é dona do mar
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Eu vi a mamãe Oxum Sentada na cachoeira Colhendo os lírios, lírios ê Colhendo os lírios, lírios Ah Colhendo lírios pra enfeitar nosso congar Colhendo os lírios, lírios ê Colhendo os lírios, lírios Ah Colhendo lírios pra enfeitar nosso congar

Pontos de Xangô

Pedra rolou pra Xangô Lá nas pedreiras Afirma o ponto meu pai Na cachoeira Pedra rolou pra Xangô Lá nas pedreiras Afirma o ponto meu pai Na cachoeira Tenho meu corpo fechado Xangô é meu protetor Afirma o ponto meu pai Pai de cabeça é Xangô Tenho meu corpo fechado Xangô é meu protetor Afirma o ponto meu pai Pai de cabeça chegou
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Quem rola as pedras na pedreira é Xangô Quem rola as pedras na pedreira é Xangô Giro na coroa de Zambi Giro na coroa de Zambi Giro na coroa de Zambi é Xangô Giro na coroa de Zambi Girooo Giro mas saravá meu pai Xangô Quem é quem vence as demandas ? Quem é o dono das Pedras ? é Xangô
====================================== Lá em cima daquelas pedreiras Tem um livro que é de Xangô Lá em cima daquelas pedreiras Tem um livro que é de Xangô Kaô, Kaô, Kaô cabeciem
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Xangô morreu de velho Na pedra ele escreveu - Justiça meu Pai , Justiça ! Ganhou quem mereceu - Justiça meu Pai , Justiça ! Ganhou quem mereceu
============================= Xangô meu pai deixa está pedreira aí Xangô meu pai deixa está pedreira aí que umbanda tá lhe chamando deixa está pedreira aí que a umbanda tá lhe chamando deixa está pedreira aí
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O Gino olha sua banda O Gino olha o seu conga a onde o rochinol cantava a onde Xangô morava ele é filho da cobra coral ele é filho da cobra coral ele é filho da cobra coral Kâo

Pontos de Ogum

Seu Ogum Beira Mar O que trouxes do mar ? Seu Ogum Beira Mar O que trouxes do mar ? Quando ele vem Beirando a areia Vem trazendo no braço direito O rosário de Mamãe Sereia Quando ele vem Beirando a areia Vem trazendo no braço direito O rosário de Mamãe Sereia
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Ogum em seu cavalo corre E a sua espada reluz Ogum em seu cavalo corre E a sua espada reluz Ogum, Ogum Megê Sua bandeira cobre os filhos de Jesus Ogunhê
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Se meu pai é Ogum Vencedor de demanda Ele vem de Aruanda Pra salvar filhos de umbanda Ogum, Ogum, Ogum Iara Ogum, Ogum, Ogum Iara Salve os campos de batalha Salve as sereias do mar Ogum, Ogum Iara Ogum, Ogum Iara ================================
Ogum venceu demanda Nos campos do Humaitá Ogum venceu demanda Nos campos do Humaitá Cruzou sua espada na areia Lavou seu escudo no mar Cruzou sua espada na areia Lavou seu escudo no mar
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Em seu cavalo branco ele vem montado Calçando botas ele, vem armado O vinde , vinde , vinde Nosso Salvador O vinde , vinde , vinde São Jorge defensor
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Ogum não devia beber Ogum não devia fumar A fumaça é as nuvens que passam E a cerveja é a espuma do mar A fumaça é as nuvens que passam E a cerveja é a espuma do mar
=============================== Cavaleiro na porta bateu Eu passei a mão na pemba para ver quem era... Cavaleiro na porta bateu Eu passei a mão na pemba para ver quem era... Era São Jorge guerreiro, minha gente ! Cavaleiro na força e na fé Era São Jorge guerreiro, minha gente ! Cavaleiro na força e na fé
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Eu venho de Alta cidade Venho saudar a aldeia de umbanda Estou saudando São Jorge Guerreiro Com licença de Ogum da Ronda
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Ogum de Ronda Salve Ogum de Ronda Salve Ogum de Ronda que acaba de chegar Ogum de Ronda Ele é guerreiro Chegou nesse terreiro Pro seus filhos ajudar Ogum de Ronda Em seu cavalo branco Corre em todas as campinas Do nosso pai Oxalá Ogum de Ronda Salve Ogum de Ronda Salve Ogum de Ronda que acaba de chegar
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Que cavaleiro é aquele Que vem cavalgando pelo céu azul É seu Ogum Rompe Mato Ele é defensor do cruzeiro do Sul E a e E e aaaa E e e seu Ventania Pisa na Umbanda E a e E e aaaa E e e seu Ogum Pisa na Umbanda Olha que barco bonito Que vem navegando em pleno mar É seu Ogum Sete Ondas Que vem ao encontro De Ogum Beira Mar ================================
Ogum de Lei Não me deixes sofrer tanto assim Meu pai Ogum de Lei Não me deixes sofrer tanto assim Meu pai Quando eu morrer Vou passar em Aruanda Saravá Ogum Saravá Seu Sete Ondas Quando eu morrer Vou passar em Aruanda Saravá Ogum Saravá Seu Sete Ondas


Pontos de Oxóssi e Caboclos

Dentro da mata virgem Uma linda cabocla eu vi Com seu saiote Feito de penas É a Jurema filha de Tupi Com seu saiote Feito de penas É a Jurema filha de Tupi Jurema. Jurema , Jurema Linda cabocla, filha de Tupi Ela vem, lá da Juremá Vem firmar seu ponto Nesse congar Ela vem, lá da Juremá Vem firmar seu ponto Nesse congar
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Caboclinha da Jurema Onde é que você vai ? Vou pra casa de Odé, no terreiro de meu Pai De Aruanda êee De Aruanda aah De Aruanda êee caboclinha de pemba De Aruanda aah
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Caboclo roxo Da pele morena É Seu Oxóssi Caçador lá da Jurema Ele jurou e tornou a jurar E ouviu os conselhos Que a Jurema vai lhe dar
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Quem manda na mata é Oxóssi Oxóssi é caçador Oxóssi é caçador Eu vi meu pai assobiar Eu já mandei chamar Eu vi meu pai assobiar Eu já mandei chamar É de Aruanda êeee É de Aruanda aaaa Seu Junco Verde é Aruanda É de Aruanda aaaa
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Não chores não caboclinho Pra que chorar A casa é sua caboclinho Prá trabalhar Oi olhe agora E venha receber Ogum de Ronda Meu Pai Baluaê
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Curimbembê, Curimbembá Sete Flechas um grande orixá Com sete dias de nascido A Jurema o encontrou Deitado na folha seca O caboclo ela criou Curimbembê, Curimbembá Sete Flechas um grande orixá Nasceu na mata de Oxóssi Na aldeia de Juremá O caboclo Sete Flechas Iluminado por Oxalá
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Oxóssi êeee Oxóssi aaaaa Oxóssi é marambolê, marambolá Quem é aquele que vem lá de Aruanda Montado em seu cavalo Com seu chapéu de banda Ele é Oxóssi de Aruanda eeeeee Ele é Oxóssi de Aruanda aaaaa
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Caboclo venceu demanda Para o povo de Umbanda Na ponta da sua flecha Quando veio de Aruanda Venceu... Caboclo venceu... No fundo da mata virgem Oxalá gritou - Esse filho é meu !!! Esse filho é meu !!!
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Onde está a Jurema? A Jurema a onde está ? Tá procurando os capangueiros Que ainda estão na Juremá Quem mandou chamar Em nome do Pai Oxalá? Foi seu Oxóssi caçador Que já baixou nesse congar Salve todo o povo da Jurema Salve sua luz Seu jacutá Levando a todos lares e seus filhos Trazendo paz e amor Na fé de Oxalá
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Oxalá chamou ! Oxalá chamou e já mandou buscar Os caboclos da Jurema Pro seu Juremá Pai Oxalá É o rei do mundo inteiro Já deu ordens pra Jurema Chamar seus capangueiros Mandai, Mandai Minha cabocla Jurema Os seus guerreiros Essa é a ordem suprema !!
=============================== Ogan segura o toque Com Deus e a Virgem Maria Ogan segura o toque Com Deus e a Virgem Maria Por Oxalá Meu Pai Saravá Seu Ventania Por Oxalá Meu Pai Saravá Seu Ventania
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Um grito na mata ecoou Foi seu pena branca que chegou Com sua flecha Com seu cocar Seu Pena Branca vem nos ajudar Com sua flecha Com seu cocar Seu Pena Branca vem nos ajudar =================================
Saravá seu Pena Branca Saravá seu apache Pega flecha e seu bodoque Pra defender filhos de fé Ele vem de Aruanda Trabalhar neste casuá Saravá Seu Pena Branca No terreiro de Oxalá Sua flecha vai certeira Vai pegar no feiticeiro Que fez juras e mandingas Para o filho do terreiro Pega o arco , atira a flecha Que esse bicho é caçador Além de ser castigo Ele é merecedor
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Ele atirou Ele atirou e ninguém viu Só seu Flecheiro é que sabe A onde a flecha caiu Ele atirou!
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Tupinambá é canga na batalha Tupinambá ee Tupinambá Tupinambá guerreiro de Oxóssi Tupinambá ee Tupinambá Tupinambá vem defender seus filhos Tupinambá ee Tupinambá Só não apanha Folha da Jurema Sem ordem suprema Do Pai Oxalá Só não apanha Folha da Jurema Sem ordem suprema Do Pai Oxalá
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Tava na beira do rio Sem poder atravessar eu chamei pelos caboclos Caboclo Tupinambá eu chamei pelos caboclos Caboclo Tupinambá Tupinambá chamei Chamei tornei chamar eaahhh Tupinambá chamei Chamei tornei chamar eaahhh
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Ele é caboclo ele é Flexeiro tumba la catunga e matador de feiticeiro tumba la catunga ele vai firma seu ponto ele já firmo é na Angola oi tumba la catunga.

Pontos de Pretos-Velhos

Pai João cadê vó Maria ? Foi no mato apanhar guiné Pai José cadê vó Luzia ? Foi no mato apanhar guiné Diga a ela quando vier Que suba as escadas E não bata o pé Diga a ela quando vier Que suba as escadas E não bata o pé
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Nessa casa tem quatro cantos Cada canto tem um santo Pai e filho, Espirito Santo Nessa casa tem 4 cantos Zum zum zum Olha só Jesus quem é Eu rezo para santas almas Inimigo cai Eu fico de pé
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O preto por ser preto Não merece ingratidão O preto fica branco Na outra encarnação No tempo da escravidão Como o senhor me batia Eu chamava por Nossa Senhora, Meu Deus! Como as pancadas doíam
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Vovó não quer Casca de coco no terreiro Vovó não quer Casca de coco no terreiro Pra não lembrar dos tempos do cativeiro Pra não lembrar dos tempos do cativeiro Carpiste Angola Eu to carpinando e tá crescendo Olha que Tô carpinando e tá crescendo Tô carpinando e tá crescendo
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Cambina mamanhê Cambina Mamãe-nhã Oi segura a Campina que eu quero ver Filhos de Umbanda não tem querer Segura a Campina que eu quero ver Filhos de Umbanda não tem querer O Povo de Cambina oi quando vem pra trabalhar O Povo de Cambina oi quando vem pra trabalhar Todo o povo vem por terra Campinar vem pelo mar Todo o povo vem por terra Campinar vem pelo mar
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Rei Congo, Rei Congo Cadê preto-velho ? Foi trabalhar na linha de Congo É Congo, é Congo, é Congo é de Congo, é de Congo aruêe É Congo, é Congo, é Congo Agora que eu quero ver...
=============================== Tira o cipó do caminho, oi criança Deixa a vovó atravessar Tira o cipó do caminho, oi criança Deixa a vovó atravessar Eles vem chegando São os preto velhos que vem trabalhar Eles vem chegando São os preto velhos que vem trabalhar

Pontos de Cosme e Damião (Linha das Crianças)

Cosme e Damião, Damião cadê Doun ? Doun foi passear lá no cavalo de Ogum Cosme e Damião, Damião cadê Doun ? Doun foi passear lá no cavalo de Ogum Dois dois sereias do mar Dois dois mamãe Iemanjá Dois dois sereias do mar Dois dois mamãe Iemanjá
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Cosme e Damião O que é que eu vou comer ? - Peixe da maré - Com azeite de dendê !
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Fui no jardim colher as rosas A vovózinha deu-me a rosa mais formosa Fui no jardim colher as rosas A vovózinha deu-me a rosa mais formosa Cosme e Damião, ÔOOOh Doun Crispim , Crispiniano São os filhos de Ogum Cosme e Damião, ÔOOOh Doun Crispim , Crispiniano São os filhos de Ogum
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Mariazinha da beira da praia Como é que sacode a saia ? É assim, assim, assim Assim que sacode a saia É assim, assim, assim Assim que sacode a saia Juquinha da beira da praia Como é se que abana o boné ? É assim, assim, assim Assim que se abana o boné É assim, assim, assim Assim que se abana o boné
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Bahia é terra de dois Terra de 2 irmãos Governador da Bahia É Cosme e São Damião Bahia é terra de dois Terra de 2 irmãos Governador da Bahia É Cosme e São Damião

Pontos de Baiano

É lamp, é lamp, é lamp É Lamp, é Lampião O seu nome é Virgulino Apelido é Lampião Lampião tava dormindo acordou todo assustado deu um tiro na barata Pensando que era soldado
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Baiano é um povo bom Povo trabalhador Baiano é um povo bom Povo trabalhador Quem mexe com baiano Mexe com Nosso Senhor Quem mexe com baiano Mexe com Nosso Senhor
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Quem nunca viu, vem ver Caldeirão sem fundo ferver Quem nunca viu, vem ver Caldeirão sem fundo, ferver
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Bahia ô África Venha nos ajudar Bahia ô África Venha nos ajudar Povo baiano, povo africano Povo baiano, vem cá vem cá
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Baiana faz e não manda Não tem medo de demanda Baiana faz e não manda Não tem medo de demanda Baiana feiticeira Filha de Nagô Trabalha com pó de pemba Pra ajudar Babalaô Baiana sim Baiana vem Quebra a mandinga com dendê Baiana sim Baiana vem Quebra a mandinga com dendê
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Quem tem baiano Agora que eu quero ver Firma seu ponto Com azeite de dendê Eu quero ver a baianada de Aruanda Trabalhando na Umbanda Pra quimbanda não vencer Eu quero ver a baianada de Aruanda Trabalhando na Umbanda Pra quimbanda não vencer
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Um baiano um coco Dois baiano dois coco Três baiano três coco Quatro baiano uma cocada Cinco baiano uma baianada Cinco baiano uma baianada Fui fazer uma caçada Essa foi pequenininha Com um facão de sete palmos Fora o cabo e a bainha Uma cesta de ovo e setecentas galinhas !! E o tricô ? De cima da linha E o tricô ? De cima da linha
================================= Eu to chamando To chamando, to chamando To cansado de chamar To chamando To chamando To cansado de chamar Cadê meu irmão Que não vem brincar mais eu ? Cadê meu irmão Que não vem brincar mais eu ?
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Baiano bom Baiano bom Baiano bom é o que sabe trabalhar Baiano bom Baiano bom Baiano bom é o que sabe trabalhar Baiano bom É o que sobe no coqueiro Tira o coco, bebe a água e deixa o coco no lugar Baiano bom É o que sobe no coqueiro Tira o coco, bebe a água e deixa o coco no lugar
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Na Bahia tem Já mandei buscar Lampião de vidro Ôi sá Dona Para trabalhar... ôooo

Pontos de Boiadeiro

Seu boiadeiro por aqui choveu Seu boiadeiro por aqui choveu Choveu, choveu Relampiou Foi nessa água que seu boi nadou Mas, Seu boiadeiro por aqui choveu Seu boiadeiro por aqui choveu Choveu, choveu Relampiou Foi nessa água que seu boi nadou
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Seu boiadeiro por aqui choveu Choveu que água rolou Foi nessa água que seu boi nadou Foi nessa água que seu boi nadou Seu boiadeiro cadê sua boiada? Sua boiada ficou em Belém Chapéu de couro ficou lá também Chapéu de couro ficou lá também
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Olha meu camarada Camarada meu Olha meu camarada Camarada meu Sou Boiadeiro que cheguei aqui agora Candomblé toca no keto Mandar tocar angola
(Substitua BOIADEIRO por um nome de orixá - exemplo abaixo )
Olha meu camarada Camarada meu Olha meu camarada Camarada meu Sou Zé do Laço que cheguei aqui agora Candomblé toca no keto Mandar tocar angola
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Chetruê, Chetruá Corda de laçar meu boi Chetruê, Chetruá Corda de meu boi laçar Chetruê, Chetruá Corda de laçar meu boi Chetruê, Chetruá Corda de meu boi laçar Seu Boiadeiro Cade sua boiada ? Mas, Seu Boiadeiro Cade sua boiada ? Seu boiadeiro na Jurema é nosso pai É nosso camarada Seu boiadeiro na Jurema é nosso pai É nosso camarada
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Chetruê, Chetruá Minha corda é de laçar Chetruê, Chetruá Meu boi fugiu mandei buscar A minha boiada é de trinta e um Vieram trinta está faltando um
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Toque o berrante, boiadeiro Toque o berrante Toque o berrante pra anunciar sua chegada É os boiadeiros que vem lá de Aruanda Pra trabalhar nesta tenda de Umbanda

Pontos de Marinheiro

Seu marinheiro Que vida é a sua Tomando cachaça caindo na rua ? Eu bebo sim Eu bebo muito bem Bebo com meu dinheiro Não devo nada a ninguem
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Navio Negreiro no fundo do mar Navio Negreiro no fundo do mar Correntes pesadas arrastando na areia A negra escrava se pos a cantar A negra escrava se pos a cantar Saravá minha Mãe Iemanjá Saravá minha Mãe Iemanjá Virou a caçamba pro fundo do mar Virou a caçamba pro fundo do mar Quem me salvou foi mãe Iemanjá Quem me salvou foi mãe Iemanjá
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O Cirandeiro Cirandeiro ó O Cirandeiro Cirandeiro ó A pedra do seu anel Brilha mais que ouro em pó A pedra do seu anel Brilha mais que ouro em pó ================================
Seu Martim Pescador Que vida é a sua? É bebendo cachaça Caindo na rua Eu também sei nadar Eu também sei nadar no mar Eu também sei nadar Eu também sei nadar no mar Eu também sei, também sei, também sei nadar Eu também sei, também sei, também sei nadar Na barra vi só dois navios Perguntando se podia entrar A barra já está tomada seu marujo Nessa barra aqui quem manda é Oxalá A barra já está tomada seu marujo Nessa barra aqui quem manda é Oxalá

Pontos de Despedida

O coqueiro do Norte Está balançando É a Bahia que está me chamando
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Ogum já trabalhou Ogum ja saravou Filhos de pe-emba Que tanto chora É meu pai Ogum Que já vai embora Filhos de pe-emba Que tanto chora É meu pai Ogum Que já foi embora
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A sua terra é longe E eles vão embora E vão beirando o rio azul Adeus a Umbanda que os caboclos Vão embora E vão beirando O rio azul
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Despedida de baiano faz chorar Faz chorar Faz soluçar Despedida de baiano faz chorar Faz chorar Faz soluçar
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Despedida das crianças
Andorinha que voa , que voa andorinha Leva as crianças pro céu Andorinha Andorinha que voa , que voa andorinha Leva as crianças pro céu Andorinha
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Oi quem tem pemba joga fora Maré, Maré Que os *orixás já vão embora Maré, maré
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Oi quem tem pemba joga fora Maré, maré Que os *marinheiros vão embora Maré, maré
*(substitua a palavra orixá pela linha ou nome próprio)

Pontos de Bater Cabeça
(Para Pais e Mães de Santo)

Bate cabeça Babá Que eu sou camisa azul E para o ano que vem Dois, dois comer caruru.
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Bate cabeça Babá Já foi pedir A proteção pras seus filhos não cair Bate cabeça Babá Já foi pedir A proteção pras seus filhos não cair.
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Glória a Deus, lá nas alturas Glória a Deus nesse congar Glória a Deus no pensamento Glória a Deus nossa Babá Auê Babá Babá de Orixá Auê Babá Babá de Orixá Auê babalaô Babalaorixá
Vai, vai, vai Aos pés de Nosso Senhor Vai bater cabeça iaô Iansã mandô Iaô..
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Bate cabeça povo da Nação Bate cabeça o povo da Nação Vai pedir a proteção Ao nosso pai Oxalá Vai pedir a proteção Ao nosso pai Oxalá.

Pontos de Defumação

To defumando To defumando A casa do Bom Jesus da Lapa Nossa Senhora incensou a Jesus Cristo Jesus Cristo incensou os filhos seus Eu incenso Eu incenso essa casa Pro mal sair e a felicidade entrar Eu incenso Eu incenso essa casa Na fé de Oxóssi, de Ogum e de Oxalá.
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A Umbanda queimou, cheirou guiné Vamos defumar filhos de fé A Umbanda queimou, cheirou guiné Vamos defumar filhos de fé Defuma eu Babá Defuma eu Babalaô Defuma eu Babá Defuma eu Babalaô.
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Defuma com as ervas da Jurema Defuma com arruda e guiné Alecrim, benjoim e alfazema Vamos defumar filhos de fé.
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Com licença Pai Ogum Filhos quer se defumar A Umbanda tem fundamento É preciso preparar Com arruda e guiné Alecrim e alfazema Defuma filhos de fé Com as ervas da Jurema.


sexta-feira, 24 de abril de 2009

23 de Abril dia de São Jorge - O Santo Gerreiro


Em torno do século III D.C., quando Diocleciano era imperador de Roma, havia nos domínios do seu vasto Império um jovem soldado chamado Jorge. Filho de pais cristãos, Jorge aprendeu desde a sua infância a temer a Deus e a crer em Jesus como seu salvador pessoal.
Nascido na antiga Capadócia, região que atualmente pertence à Turquia, Jorge mudou-se para a Palestina com sua mãe após a morte de seu pai. Lá foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade - qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde. Com a idade de 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo altas funções.
Por essa época, o imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos. No dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses.
Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em Jesus Cristo como Senhor e salvador dos homens.
Indagado por um cônsul sobre a origem desta ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da VERDADE. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O QUE É A VERDADE ?". Jorge respondeu: "A verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e nele confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da verdade."
Como São Jorge mantinha-se fiel a Jesus, o Imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Jorge sempre respondia: "Não, imperador ! Eu sou servo de um Deus vivo ! Somente a Ele eu temerei e adorarei". E Deus, verdadeiramente, honrou a fé de seu servo Jorge, de modo que muitas pessoas passaram a crer e confiar em Jesus por intermédio da pregação daquele jovem soldado romano. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito em seu plano macabro, mandou degolar o jovem e fiel servo de Jesus no dia 23 de abril de 303. Sua sepultura está na Lídia, Cidade de São Jorge, perto de Jerusalém, na Palestina.
A devoção a São Jorge rapidamente tornou-se popular. Seu culto se espalhou pelo Oriente e, por ocasião das Cruzadas, teve grande penetração no Ocidente.
Verdadeiro guerreiro da fé, São Jorge venceu contra Satanás terríveis batalhas, por isso sua imagem mais conhecida é dele montado num cavalo branco, vencendo um grande dragão. Com seu testemunho, este grande santo nos convida a seguirmos Jesus sem renunciar o bom
combate.
Lendas: um horrível dragão saía de vez em quando das profundezas de um lago e se atirava contra os muros da cidade trazendo-lhe a morte com seu mortífero hálito. Para ter afastado tamanho flagelo, as populações do lugar lhe ofereciam jovens vítimas, pegas por sorteio. um dia coube a filha do Rei ser oferecida em comida ao monstro. O Monarca, que nada pôde fazer para evitar esse horrível destino da tenra filhinha, acompanhou-a com lágrimas até às margens do lago. A princesa parecia irremediavelmente destinada a um fim atroz, quando de repente apareceu um corajoso cavaleiro vindo da Capadócia. Era São Jorge.
O valente Guerreiro desembainhou a espada e, em pouco tempo reduziu o terrível dragão num manso cordeirinho, que a jovem levou preso numa corrente, até dentro dos muros da cidade, entre a admiração de todos os habitantes que se fechavam em casa, cheios de pavor. O misterioso cavaleiro lhes assegurou, gritando-lhes que tinha vindo, em nome de Cristo, para vencer o dragão. Eles deviam converter-se e ser batizados.
Datas Marcantes No século XII, a arte, literatura e religiosa popular representam São Jorge, como soldado das cruzadas com manto e armadura com cruz vermelha, nobre um cavalo branco, com lança em punho, vencendo um dragão. São Jorge é o cavaleiro da cruz que derrota o dragão do mal, da dominação e exclusão.
Desde o século VI, havia peregrinações ao túmulo de São Jorge em Lídia. Esse santuário foi destruído e reconstruído várias vezes durante a história.
Santo Estevão, rei da Hungria, reconstruiu esse santuário no século XI. Foram dedicadas numerosas igrejas a São Jorge na Grécia e na Síria.
A devoção a São Jorge chegou à Sicília na Itália no século VI. No séc. VII o siciliano Papa Leão II construiu em Roma uma igreja para S. Sebastião e S. Jorge. No séc. VIII, o Papa Zacarias transferiu para essa igreja de Roma a cabeça de S. Jorge.
A devoção a São Jorge chegou a Inglaterra no século VIII. No ano de 1101, o exército inglês acampou na Lídia antes de atacar Jerusalém. A Inglaterra tornou-se o país que mais se distinguiu no culto ao mártir São Jorge...
Em 1340, o rei inglês Eduardo III instituiu a Ordem dos cavaleiros de São Jorge.
Foi o Papa Bento XIV (1740-1758) que fez São Jorge, padroeiro da Inglaterra até hoje.
Em 1420, o rei húngaro, Frederico III (1534) evoca-o para lutar contra os turcos.
As Cruzadas Medievais tornaram popular no ocidente a devoção a São Jorge, como guerreiro, padroeiro dos cavaleiros da cruz e das ordens de cavalaria, para libertar todo país dominado e para converter o povo no cristianismo.
Seu dia foi colocado no Calendário particular da Igreja, isto é, celebrados nos lugares de sua devoção.
O Sr. Cardeal D. Eugenio Sales, assim se pronunciou: "A devoção de São Jorge nos deve levar a Jesus Cristo". Pela palavra do Cardeal Sales sentimos a autenticidade do Culto a São Jorge.
Oração a São Jorge
Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.
Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.
Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.
São Jorge Rogai por Nós.
Oração a São Jorge II

São Jorge,cavaleiro corajoso, intrépido e vencedor; abre os meus caminhos, ajuda-me a conseguir um bom emprego; faze com que eu seja bem quisto por todos superiores, colegas, e subordinados; que a paz, o amor e a harmonia estejam sempre presentes no meu coração, no meu lar e no meu serviço; meus inimigos terão os olhos e não me verão, terão boca e não me falarão, terão pés e não me alcançarão, terão mãos e não e não me ofenderão.
São Jorge vela por mim e pelos meus, protegendo-me com suas armas.
O meu corpo não será preso nem ferido, nem meu sangue derramado; andarei tão livre como andou Jesus Cristo nove meses no ventre da Virgem Maria.
Amém.
Oração a São Jorge III

Ó Deus onipotente, Que nos protegeis Pelos méritos e as bênçãos De São Jorge. Fazei que este grande mártir, Com sua couraça, Sua espada, E seu escudo, Que representam a fé, A esperança, E a inteligência, Ilumine os nossos caminhos... Fortaleça o nosso ânimo... Nas lutas da vida. Dê firmeza À nossa vontade, Contra as tramas do maligno, Para que, Vencendo na terra, Como São Jorge venceu, Possamos triunfar no céu Convosco, E participar Das eternas alegrias.
Amém!